Em reunião virtual nesta quinta-feira (21), representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Ministério da Saúde conversaram com o pesquisador Fernando Spilki, da Universidade Feevale. Ele é membro da RedeVirus MCTI e coordenador da rede Corona-ômica, que promove o sequenciamento genético do SARS-CoV-2 em todo o país e monitora mutações do vírus.
O objetivo da reunião foi alinhar ações para promover um compartilhamento mais rápido e constante dos achados dos pesquisadores da rede a fim de alertar as autoridades de saúde sobre mutações do coronavírus em circulação no país. Segundo o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, a ideia é que o compartilhamento de dados reforça as ações de vigilância sanitária no país e ajuda na tomada de decisões pelos gestores públicos. “Nesse momento da pandemia, em que ocorrem mutações do vírus, esses alertas, esses estudos são importantes. Por isso a aproximação com o Ministério da Saúde. A vigilância sanitária precisa estar alerta e as reuniões semanais fortalecem o diálogo entre os dois ministérios”. Para a diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Gianetta, o diálogo da RedeVírus com a Secretaria de Vigilância em Saúde do MS é necessária também para aproximar a comunidade científica dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) estaduais, que atuam na área de vigilância epidemiológica. “Essa rede está muito bem estruturada. Eu parabenizo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações por ter montado a RedeVírus MCTI desde o início da pandemia. Sem dúvida ela é muito importante para subsidiar a tomada de decisão no Ministério da Saúde em tempo real. É nessa perspectiva que estamos aqui, para apoiar e trabalhar conjuntamente, já que o Governo Federal é um só”. A reunião contou também com participação da secretária de Articulação e Promoção da Ciência, Christiane Corrêa RedeVírus MCTI
É um comitê que reúne especialistas, representantes de governo, agências de fomento do ministério, centros de pesquisa e universidades com o objetivo de integrar iniciativas em combate a viroses emergentes. Criada pela portaria MCTIC nº 1010/2020, funciona como um comitê de assessoramento estratégico que atua na articulação de laboratórios de pesquisa, com foco na eficiência econômica e na otimização e complementaridade da infraestrutura e de atividades de pesquisa que estão em andamento, em especial com o coronavírus. O Comitê da RedeVírus MCTI conta pesquisadores especialistas de várias instituições de pesquisa renomadas como a Fiocruz, Butantan, USP, Unicamp, UFMG, UFC, CNPEM/LNBio/MCTI, UFRJ, dentre outras. Sub-rede Corona-ômica Área da RedeVírus MCTI responsável pelo monitoramento e sequenciamento do genoma do vírus circulante no país, permitindo que medidas possam ser tomadas em tempo hábil. Acompanha a evolução do SARS-CoV2 ao infectar pacientes em diferentes regiões do Brasil. Com essa análise acurada e em tempo real a sub-rede tem o objetivo de identificar mutações do vírus e até mesmo potenciais alvos terapêuticos.
Notícia publicada originalmente em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2021/01/mcti-e-ministerio-da-saude-unem-esforcos-para-o-compartilhamento-de-dados-sobre-mutacoes-do-sars-cov-2